NAVALHA NA CARNE E A SUBVERSÃO QUEER
ANÁLISE DO PERSONAGEM VELUDO NAS DUAS VERSÕES CINEMATOGRÁFICAS
Resumo
O presente artigo busca resgatar o olhar queer da subversão de gênero em um mesmo personagem interpretado em dois tempos distintos no cinema brasileiro. A presente análise ocorre sobre as duas versões do personagem Veludo, originário da obra teatral Navalha na Carne (1967), de Plínio Marcos, em suas duas versões para o cinema, por Braz Chediak (1969) e por Neville D’Almeida (1997). A partir de um único texto teatral, que define o personagem como subversivo, é possível ver duas construções distintas de Veludo para o cinema, refletindo as transformações de gênero no Brasil entre as décadas de 1960 e 1990. Essas mudanças são visíveis na medida em que o cinema permite explorar interseccionalidades e características visuais que ampliam e adaptam o texto teatral para as telas conforme as realidades de cada tempo. Um resultado significativo que materializa essa percepção é o crescimento de um quarto personagem - o garoto do bar - para ampliar o mundo de Veludo na trama.
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