SOBRE AS CORPORIFICAÇÕES ATUACIONAIS NO PRIMEIRO FILME GAY DO BRASIL

Autores

  • Ricardo Di Carlo Ferreira Universidade Estadual do Paraná

Resumo

Este artigo analisa o constructo da imagem atoral de intérpretes que operam no provimento de concretude imagética no campo cinemático manifestando corporificações atuacionais (o aspecto da atuação em relação ao corpo do ator) masculinas não hegemônicas, de modo a rastrear as possíveis reminiscências compositivas dessas obragens na história da arte. Tomo por objeto de análise uma imagem icônica do filme O menino e o vento (1967) de Carlos Hugo Christensen, em que os atores Ênio Gonçalves e Luiz Fernando Ianelli figuram abraçados intimamente, tal imagem representa o clímax fílmico, chegando a ser mostrada na capa do longa-metragem. Assim, faço uso da metodologia de cruzamento de imagens de Etienne Samain, em diálogo com operadores teóricos de gênero, em que analiso duas imagens homoafetivas da Antiguidade; os resultados aventam corporificações símiles às do filme.

Biografia do Autor

Ricardo Di Carlo Ferreira, Universidade Estadual do Paraná

Mestre em Cinema e Artes do Vídeo, pela Universidade Estadual do Paraná (UNESPAR). Especialista em Cinema e Linguagem Audiovisual pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), Especialista em Metodologia do Ensino de Artes, pela UNINTER. Graduado em Teatro, também, pela UNESPAR. Membro do Grupo de Estudos Sobre o Ator no Audiovisual (UNICAMP/CNPq) e do Grupo de Pesquisa Eikos: Imagem e Experiência Estética (UNESPAR/CNPq). E-mail: ricodicarlo@gmail.com

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Publicado

2022-12-21