O DEBATE RACIAL NO DOCUMENTÁRIO SOBRE O JOGO DE FUTEBOL “PRETO X BRANCO”

Autores

Resumo

O artigo analisa o documentário Preto x Branco, dirigido por Wagner Morales, que retrata o tradicional jogo de futebol de várzea entre times formados por jogadores que se autodeclaram pretos e brancos no bairro São João Clímaco, em São Paulo. O objetivo é compreender como o documentário evidencia o debate racial no futebol brasileiro, revelando tensões, estereótipos e resistências. O método utilizado foi uma abordagem qualitativa, com análise audiovisual do filme na íntegra, categorização temática das cenas e falas, e interpretação à luz de conceitos como racismo estrutural, racismo recreativo e mito da democracia racial. A pesquisa evidenciou que o documentário funciona como lugar de memória e denúncia, ao mostrar como o futebol, espaço considerado democrático, reproduz hierarquias raciais e silenciamentos, mas também se torna um campo de resistência e afirmação identitária negra. A conclusão aponta que a obra contribui para desconstruir o mito da democracia racial, valorizar a cultura afro-brasileira e fomentar reflexões críticas sobre as desigualdades raciais no esporte e na sociedade brasileira.

Palavras-chave:  Futebol, documentário, relações raciais.

Biografia do Autor

  • Bruno Otávio de Lacerda Abrahão, UFBA

    Bacharel e Licenciado em Educação Física (2002), pela Universidade Federal de Viçosa; Especialista em Filosofia (2006), pela Universidade Federal de Ouro Preto; Mestre (2006) e Doutor (2010), em Educação Física pela Universidade Gama Filho, na área de concentração "Educação Física e Cultura". É professor adjunto do departamento de Educação Física, Faculdade de Educação, Universidade Federal da Bahia (UFBA). Leciona e orienta no Programa de Pós-Graduação em Educação da UFBA na linha de pesquisa "Lazer, Cultura Corporal e Educação".

  • Juliana Linhares Brant Reis, UFBA

    Doutora em Comunicação e Cultura Contemporâneas (PósCom/UFBA). Pesquisa mediatização, direitos humanos, acessibilidade comunicativa e discriminação algorítmica. Integrante do CEPAD/UFBA - Centro de Estudos e Pesquisas em Analise do Discurso e Mídia. Mestra em Ciências, com ênfase em Saúde, Sociedade e Ambiente, pela Universidade Federal do Vale do São Francisco - UNIVASF (2017); Especialista em Psicopedagogia com ênfase em Educação Inclusiva (UNIJORGE); Especialista em Docência no Ensino Superior, pela Universidade FUMEC (2012); Especialista em Mídia Eletrônica - Rádio e TV, pelo Centro Universitário de Belo Horizonte - UNI-BH. (2007); Bacharel em Comunicação Social/Relações Públicas pelo Centro Universitário Newton Paiva (2006).

  • Ivalda Kimberlly Santos Portela, UFBA

    Doutoranda e Mestra em Educação pela Universidade Federal da Bahia - UFBA, na linha de pesquisa: Educação, Cultura Corporal e Lazer. Atuou como bolsista nas seguintes divisões: Iniciação Científica do Programa de Ações Afirmativa (PROAF-UNEB); Projeto Diagnóstico das Escolas do Campo do Estado da Bahia; Partiu Estágio do governo da Bahia, cooperando no setor de Núcleo de Pesquisa e Extensão do DEDC - X; Atuou como auxiliar de pesquisa no Projeto Pesquisa -Ação: agentes culturais democráticos. Membra ativa do Grupo de Pesquisa CORPO - Cotidiano, Resgate, Pesquisa e Orientação, vinculado à Faculdade de Educação, na Universidade Federal da Bahia. Pesquisadora associada à Associação Brasileira de Pesquisadores (as) Negros (as); ao Colégio Brasileiro de Ciências do Esporte (CBCE). Realiza pesquisas referentes a Educação para Relações Étnico-raciais (ERER); Cultura Popular; Povos Tradicionais

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Publicado

2025-11-20