ALEGORIAS E DESLOCAMENTOS EM O SAPATO DE CETIM, DE MANOEL DE OLIVEIRA
Resumo
Portentoso título de Manoel de Oliveira, O sapato de cetim (1985), filme que nunca conheceu estreia comercial no país do cineasta é, sem dúvida, um dos trabalhos mais emblemáticos dentro da extensa filmografia oliveiriana. Não obstante o fato de ser pouco conhecido dentre os compatriotas de Oliveira, o filme, falado em francês e com quase sete horas de duração, faz uso de narrativas de viagens e alegorias históricas para abordar o período em que Portugal encontrava-se sob o jugo da coroa espanhola nos séculos XVI e XVII.
Este artigo tem como objetivo promover três movimentos: I) colaborar com a divulgação e a reflexão sobre um título oliveiriano ainda hoje pouco abordado por investigadores de língua portuguesa; II) debater a recorrência do uso da viagem nesse título a partir de sua inclusão no conjunto filmes de viagem de Manoel de Oliveira; III) analisar o proveito que Manoel de Oliveira faz da alegoria histórica ao promover um pensamento associativo entre eventos do passado e do contemporâneo – Portugal em relação à Europa dos finais do século XVI e princípio do XVII em comparação com o surgimento da Comunidade Econômica Europeia no último quarto do século XX.Downloads
Publicado
2016-06-14
Edição
Seção
Dossiê Estudos Filmícos no CIAC
Licença
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:- Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).