A RESISTÊNCIA FOUCAULTIANA INTERPRETADA A PARTIR DO FILME BRASILEIRO A VIDA INVISÍVEL

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Resumo

Este artigo possui o objetivo de analisar as relações de poder e as modalidades de resistência sócio-históricas atreladas ao assujeitamento feminino a partir da teoria de Michel Foucault e do filme brasileiro A Vida Invisível. Para tal, a metodologia utilizada é a revisão bibliográfica do filósofo a partir de uma comparação indutiva com a obra cinematográfica mencionada. O texto perpassa os conceitos de biopoder, biopolítica, disciplina, microfísica do poder, relações de poder e discurso de verdade para explanar como o indivíduo é o centro irradiador de poder e, consequentemente, a existência da possibilidade de se resistir ao regime de verdade apesar das sanções impostas. A história das protagonistas de A Vida Invisível exemplificaria algumas dessas ideias trabalhadas por Foucault por revelar, no contexto brasileiro, como o papel tradicional da mulher seria resultado das relações de poder na sociedade, resultando em diversos tipos de punição para aquelas que tentassem subverter a ordem vigente. O artigo conclui, também tomando como base a obra foucaultiana, que as revoluções socioculturais ocorrem a partir dos focos de resistência ao poder tido como verdadeiro.

Biografia do Autor

Saulo Albert, Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo

Especialista em Psicopatologia Psicanalítica (UNIFG), pós-graduando (lato sensu) em Sociopsicologia (FESPSP) e em Antropologolia Cultural (PUCPR), bacharel em Direito (UESB) e bacharelando em Psicologia (FAINOR) e em Sociologia e Filosofia (UNINTER).

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Publicado

2022-07-20