CINEMA SILENCIOSO, ESCUTA CEGA

Autores

  • Guilherme de Castro Martins Universidade Federal de Goiás

Resumo

Pretendo investigar, primeiramente, algumas diferenças conceituais que surgem entre os verbos ouvir e escutar, formulando a hipótese de que podemos ouvir sem escutar e escutar sem ouvir. Com esta intenção, irei analisar uma seqüência do filme “Luzes da Cidade”, de Charles Chaplin, na qual fica claro que nossa escuta pode ser disparada por elementos não-sonoros da linguagem cinematográfica, demonstrando que o cinema nunca foi mudo, mas já nasceu silencioso. Ao fim buscarei investigar, a partir da seqüência de abertura do filme “Branco Sai Preto Fica”, de Adirley Queirós, como um silêncio pode ser heterogêneo, prenhe de múltiplos sons e escutas.

Biografia do Autor

Guilherme de Castro Martins, Universidade Federal de Goiás

Guilherme Martins é formado em Audiovisual pela Escola de Comunicações e Artes (ECA/USP) e trabalha, desde 2004, com captação e edição de som em filmes de curta e longa-metragem. Atualmente é aluno de mestrado na Faculdade de Artes Visuais da Universidade Federal de Goiás (FAV/UFG), onde pesquisa construções sonoras na arte contemporânea e no cinema.

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Publicado

2015-07-15