LEGIÃO URBANA NO CINEMA: CINEBIOGRAFIAS EM SOMOS TÃO JOVENS (2013) e FAROESTE CABOCLO (2013)

Autores

  • Ademir Luiz da Silva Universidade Estadual de Goiás

Resumo

Resumo: O objetivo do presente artigo é analisar a transposição das narrativas relativas a icônica banda de rock brasiliense Legião Urbana para a linguagem cinematográfica. A primeira narrativa se refere às origens da banda, apresentada no filme Somos Tão Jovens, de 2013. O tenso cenário sócio-político de Brasília nos últimos anos do regime militar é suavizado, buscando principalmente promover empatia com o público jovem ao promover a exaltação da personalidade iconoclasta de Renato Russo, líder e vocalista da Legião Urbana. O segundo filme, Faroeste Caboclo, também lançado em 2013, adapta vagamente a narrativa da canção homônima, baseada na estrutura dos folhetos de cordel, literatura muito consumida entre os trabalhadores “candangos” que construíram Brasília. As principais características do filme é o estabelecimento de origens negroides para o protagonista, moralismo na apresentação da personagem feminina e pouca preocupação com a fidelidade aos conceitos-chave da música original.

Palavras-chave: Legião Urbana, Brasília, Regime Militar, adaptação cinematográfica

Biografia do Autor

Ademir Luiz da Silva, Universidade Estadual de Goiás

Presidente da União Brasileira de Escritores – Seção Goiás. Doutor em História pela Universidade Federal de Goiás (UFG) e professor da Universidade Estadual de Goiás (UEG). Docente do programa de pós-graduação interdisciplinar Territórios e Expressões Culturais no Cerrado (TECCER), e nos cursos de História e Arquitetura & Urbanismo. Realizou pós-doutorado em Poéticas Visuais e Processos de Criação. Bolsista pesquisador do Instituto Camões de Portugal (2002). Criador e coordenador do LUPPA (Laboratório de Pesquisa e Produção Audiovisual). Editor do periódico acadêmico Revista "Nós - Cultura, Estética & Linguagens". Indicado ao Prêmio Capes de Teses 2009. Vencedor do Prêmio Cora Coralina de 2002, do Troféu Goyazes 2013, do Prêmio Hugo de Carvalho Ramos 2014 e das comendas Medalha do Mérito Cultural 2015 e Medalha do Mérito Anhanguera em 2019, concedidas pelo Governo do Estado de Goiás. Autor dos romances “Hirudo Medicinallis” e “Fogo de Junho”, e do romance gráfico “Conclave”, em parceria com o artista Rafael Campos Rocha. Correio eletrônico: alsconclave@gmail.com

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Publicado

2020-04-29