ZÉ TRINDADE, O DON JUAN TROPICAL: UMA INTRODUÇÃO AO ESTUDO DE TIPOS E ESTEREÓTIPOS NA CHANCHADA BRASILEIRA

Autores

  • Júlio César Lobo Professor-titular da Faculdade de Comunicação da Universidade Federal da Bahia

Resumo

O objetivo desse texto é analisar as performances do ator baiano Zé Trindade (1915-1990), personificando a figura de um Don Juan tropical em seis comedias cinematográficas musicadas brasileiras – as chanchadas-, produzidas no Rio de Janeiro entre os anos de 1957 e 1961. Uma das perplexidades que nos acercam em torno do sucesso cinematográfico dele nessa composição, imortalizada no teatro por Molière, é que o seu tipo físico normalmente o levaria para a composição de vilões, e não de galãs. Na modelagem de nossa abordagem, levamos em conta aportes provenientes da História universal do humor (Georges Minois), da Psicologia da sedução (Robert Epstein), da Sociologia do cinema (Miguel Chaia), das representações malandragem na cultura brasileira (Cláudia Matos), bem como a clássica abordagem de Laura Mulvey “Prazer visual e cinema narrativo” sobre a mulher e erotismo no cinema.

Palavras-chave: Zé Trindade; Comedia cinematográfica musicada carioca; Cinema brasileiro e representação social; o mito de Don Juan; Molière na cultura brasileira.

Biografia do Autor

Júlio César Lobo, Professor-titular da Faculdade de Comunicação da Universidade Federal da Bahia

Doutor em Estética do Audiovisual pela Universidade de São Paulo.

Autor de Cinema e sociedade no Brasil: análise de mensagens. Salvador: EDUFBA, 2015.

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Publicado

2020-01-02

Edição

v. 7 n. 1 (2020): REVISTA LIVRE DE CINEMA

Seção

ARTIGOS

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